Os dados constam do relatório “Estado da Educação 2022”, divulgado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que fornece um retrato da educação em Portugal.

Em 2021/2022, 1,2 milhão de estudantes estavam matriculados na educação primária e secundária. Em Portugal continental, as escolas foram frequentadas por 105.855 crianças e jovens de nacionalidade estrangeira, de mais de

200 países.

Com um aumento de quase 14.000 em relação ao ano letivo anterior, os 79.796 estrangeiros entre o 1º e o 3º ciclo representaram 9,3% do número total de estudantes e quase a metade pertencia à comunidade brasileira (44,6%).

Entre as nacionalidades mais representadas na educação básica estão angolanos, com 6.613 estudantes, e ucranianos (5.019), que mais que dobraram em um ano, como resultado da guerra na Ucrânia.

Vindos de 246 países, havia 26.059 estudantes estrangeiros no ensino médio, 3.502 a mais que no ano anterior e equivalentes a 7,9%.

Semelhante à educação básica, a maior comunidade era brasileira (40,3%), seguida pela angolana (10,0%).

Comparativamente, a proporção de estudantes ucranianos é muito menor, representando apenas 3,5% (924 no total).

A Área Metropolitana de Lisboa concentra quase metade dos estudantes de nacionalidade estrangeira e, no sentido oposto, apenas 5% foram encontrados no Alentejo.

Entre as diferentes nacionalidades, os indianos foram os mais representados na classe de português como língua não materna na educação básica (9,6%), seguidos pelos guineenses (9,2%) e ucranianos (8,6%).

No ensino médio, os estudantes do Nepal representaram 11,9% de todos os estrangeiros cursando o assunto, seguidos pelos estudantes da Índia e Guiné-Bissau com 7,9% e 7,8%, respectivamente.