Para criar 50 unidades habitacionais acessíveis, financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a Câmara Municipal de Lisboa aprovou a venda de terrenos municipais em Benfica à junta de freguesia por 1,8 milhões de euros. O projeto, que foi apresentado pela Junta de Freguesia de Benfica ao Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), abrange uma área total de 2.677

metros quadrados.

Apresentando o plano, Carlos Moedas disse: “É uma grande chance de construir mais moradias”. No entanto, a vereadora do PS, Inês Drummond, observou que as negociações entre a paróquia e a câmara estão em andamento há quase um ano e expressou que a proposta “parece um pouco tarde”, já que o prazo para pedidos de PRR para compra, construção e requalificação de imóveis residenciais terminou em 31 de março, apenas 4 dias após o anúncio. O vereador do PS expressou preocupação e decepção com a falta de propostas do conselho para comprar propriedades para expandir o estoque habitacional. “Lisboa corre o risco de perder 70 milhões de euros de PRR”, disse.

O prefeito declarou sua vontade de “acertar contas” com o presidente do conselho para garantir que a implementação do projeto de habitação acessível em Benfica não seja prejudicada pela necessidade de apoiar o conselho em um valor que não será apoiado pelo PRR, uma vez que o pedido aprovado é de €1,6 milhão e ainda restam €200 mil para comprar o terreno.

Os 17 membros que compõem o executivo da Câmara de Lisboa são os seguintes: três do PS, dois do PCP, três dos Cidadãos Por Lisboa (selecionados pela coligação PS/Livre), um do Livre, e um do BE. Os sete membros que compõem a coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) são os únicos

com responsabilidades atribuídas e governam sem maioria absoluta.