“Nosso interesse na TAP permanece. Continuamos estudando se faz sentido financeiramente investir, do ponto de vista da rede, mas em termos de discussões e desenvolvimento de negociações com os proprietários dessa empresa, é muito cedo para comentar”, disse Benjamin Smith, CEO da Air France-KLM, durante uma teleconferência de imprensa sobre os resultados do

grupo franco-holandês.

Quando perguntado sobre as condições estabelecidas nas especificações de privatização, que devem ser divulgadas na próxima semana, que determinariam se o grupo decidiria se prosseguiria ou não com uma proposta, Benjamin Smith disse que “não é tão simples assim”.

“Esta é uma decisão de negócios, e deve ficar claro que qualquer investimento na TAP seria um caminho para melhorar as margens, e esse é realmente o fator decisivo”, observou o executivo.

Para a Air France-KLM, “quaisquer que sejam as condições” do governo português e da Comissão Europeia, o interesse permanece se o grupo estiver confiante de que o negócio será benéfico.

“Se esse não for o caso, se houver muito risco em torno do negócio, obviamente não estamos interessados”, enfatizou.

Quando questionado sobre o processo de aquisição de uma participação na companhia aérea privada espanhola Air Europa, o grupo franco-holandês disse que abandonou o negócio.

“Alcançar uma posição majoritária foi extremamente importante para nós, e isso não parece possível, então paramos todas as discussões com a Air Europa”, declarou Benjamin Smith.

O grupo Air France-KLM registrou um lucro de €401 milhões no primeiro semestre do ano, em comparação com €314 milhões negativos no mesmo período de 2024.