Em 2018, a Câmara Municipal de Abrantes lançou um projeto de literacia digital que ensina programação e robótica a cerca de 3.500 alunos do terceiro e quarto anos de escolaridade e que foi agora alargado a todas as escolas do Médio Tejo. Inserido num concurso público que o Tagusvalley venceu, o projeto pretende "reforçar a aposta na formação das crianças em idade escolar e prepará-las para os desafios de um mundo em constante transformação tecnológica".

Uma equipa de dez monitores e dois técnicos do Parque de Ciência e Tecnologia vai agora dar aulas de literacia digital a cerca de 190 turmas dos concelhos do Médio Tejo, com a ajuda de professores, no âmbito de um protocolo assinado entre a CIM, o Tagusvalley, a associação empresarial Nersant, o Politécnico de Tomar e agrupamentos de escolas. Actividades semanais, formação de professores, seminários de tutores e aulas de literacia digital em contexto escolar para alunos do primeiro ciclo do ensino básico fazem parte da iniciativa.

O projeto começou com a "aquisição de equipamentos na área das Tecnologias de Informação e Comunicação" e foi-se alargando para incluir "medidas de intervenção precoce, de redução do abandono escolar e de promoção do sucesso educativo". Com um orçamento de 720 mil euros, composto por 85% de comparticipações comunitárias e 15% de verbas municipais, o programa tem como objectivos "promover o desenvolvimento de competências na utilização das tecnologias digitais e a aprendizagem em ambientes de programação", bem como a robótica.

O projeto inclui programas que vão desde a interação básica com o computador, que envolve "pouco código mas muita manipulação e criatividade", à lógica de programação, à produção e à utilização da tecnologia digital nas artes visuais e noutras áreas. Estes programas são adaptados a várias faixas etárias e níveis de ensino.