De acordo com dados consultados pela Lusa, 2024 terminou com 1.522.545 pessoas sem especialista de medicina geral e familiar atribuído, mas esse número subiu agora para 1.564.203, um aumento de 41.658 utentes no espaço de um mês.
De acordo com o portal da transparência, desde abril de 2024, altura em que o atual Governo tomou posse, o número de pessoas sem médico de família subiu para um máximo de 1.675.633 em agosto, caindo depois para um mínimo em dezembro. Entre abril de 2024 e janeiro deste ano, a diferença no número de utentes nesta situação não é significativa, passando de 1.565.880 para 1.564.203, uma redução de apenas 1.677 pessoas nesse período.
O número de pessoas inscritas nos cuidados de saúde primários tem vindo a aumentar regularmente ao longo deste período de nove meses, passando de 10.354.881 para 10.514.923 no final de janeiro, um aumento de 160.042. Os mais de 1,5 milhões de pessoas que não tinham médico de família em janeiro representam mais 143% do que os 641.228 mil registados em setembro de 2019, mês em que se registou o número mais baixo desde janeiro de 2016.
Mais de 70% das 225 vagas para médicos recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar ficaram por preencher no último concurso, segundo dados oficiais fornecidos à Lusa no início do mês pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).
"Terminado o procedimento concursal - período especial, destinado à contratação de médicos recém-especialistas para as áreas de Medicina Geral e Familiar (MGF) e Saúde Pública (SP), informamos que foram preenchidas 63 vagas em MGF [28%] e nove em SP [60%]", referiu a ACSS.
Uma das medidas do Governo para colmatar a falta de médicos de família, que é mais evidente na região de Lisboa e Vale do Tejo, é a abertura de novos centros de saúde que serão geridos pelos sectores social e privado, as chamadas Unidades de Saúde Familiar modelo C.