De acordo com os dados do Banco Central Europeu(BCE), foram apreendidas 554 mil notas no ano passado, mais 19% do que as 467 mil detectadas em 2023.

O montante total intercetado pelas autoridades rondou os 26,7 milhões de euros, ultrapassando os 25 milhões do ano anterior. Estes valores colocam o fenómeno no seu nível mais elevado desde 2019, antes da pandemia, mas o banco central garante que "a probabilidade de receber uma nota falsa continua a ser remota".

A aparente contradição entre o crescimento das apreensões e a segurança do dinheiro físico é explicada pela dimensão do mercado de notas falsas apreendidas. "Apesar do aumento absoluto, detectámos apenas 18 contrafacções por cada milhão de notas verdadeiras em circulação em 2024", revela o BCE em comunicado, sublinhando que "as notas de euro continuam a ser um meio de pagamento fiável e seguro".

Isto significa que, para as 554 mil cópias fraudulentas, existem atualmente mais de 30 mil milhões de notas autênticas em circulação. "97,8% das contrafacções foram detectadas em países da zona euro, enquanto 1,3% foram detectadas em Estados-Membros da UE não pertencentes à zona euro e 0,9% noutras partes do mundo", refere o BCE.

Cerca de 80% das notas apreendidas em 2024 correspondiam às denominações de 20 e 50 euros (em comparação com uma representação de 72% em 2023). No extremo oposto estão as notas de 500 euros - cuja produção foi interrompida em 2019 - que representaram apenas 0,6% do total, em comparação com 1,% em 2023, confirmando o declínio progressivo desta nota de elevado valor no mercado ilegal.

"O público não precisa de se preocupar com a contrafação, mas deve permanecer vigilante", disse o BCE, observando que a maioria das contrafações são fáceis de detetar "uma vez que ou não têm elementos de segurança ou apenas imitam muito mal os elementos existentes". O banco central da área do euro afirma que a autenticidade das notas pode ser verificada através do método simples "tocar, olhar e inclinar".