A caminhada de protesto tem como objetivo "travar de imediato o grave atentado ambiental que está a ser levado a cabo com a construção, licenciada pela Câmara Municipal de Loulé, no parque natural da Foz do Almargem", junto à praia do Trafal, refere um dos promotores, em comunicado.

O documento assinado por João Eduardo Martins, professor universitário, refere que a obra está a ser realizada "a escassos metros do areal da praia e com o abate indiscriminado de árvores", com a agravante de estar "numa arriba em erosão que sofre os efeitos da subida da água do mar", diz.

Créditos: Imagem Fornecida;

Em causa está a construção de um restaurante, apoio de praia e um parque de estacionamento, um projeto que foi licenciado pela Câmara de Loulé antes de a autarquia ter obtido, em agosto de 2024, e a seu pedido, a classificação da Foz do Almargem e Trafal como reserva natural local.

Em março, a autarquia garantiu que as obras cumprem a legislação urbanística em vigor e que foram tomadas medidas para "minimizar" o impacto das obras, que afectam apenas 1% da área protegida.

O grupo cívico que se opõe ao projeto lançou uma petição no mês passado exigindo a "suspensão imediata das obras", tendo recolhido um total de 3.202 assinaturas até às 16h00 de hoje.

"A área protegida é de grande importância ecológica e paisagística, incluindo ecossistemas sensíveis, habitats de várias espécies protegidas e desempenha um papel fundamental na regulação da água e na conservação da biodiversidade", refere a petição.