Em comunicado, a Metro do Porto informa que a construção de uma passagem inferior na estação de Gaia-Devesas, no âmbito do projeto da Linha Rubi, vai condicionar a circulação ferroviária entre Porto-Campanhã e Aveiro, sobretudo à noite e aos fins-de-semana, "de forma a minimizar os impactos para os passageiros".
Para "assegurar o serviço e reduzir as perturbações causadas por estas restrições", a Metro do Porto vai disponibilizar "transbordos rodoviários para os passageiros da CP, com paragens nas seguintes estações ferroviárias: Porto-São Bento, Porto-Campanhã, General Torres, Gaia-Devesas, Coimbrões, Madalena, Valadares, Francelos, Miramar, Aguda, Granja, Espinho, Ovar e Aveiro (para os serviços de longo curso)", acrescentou.
Assim, nos fins-de-semana que se iniciam no sábado e terminam a 10 de agosto, e de 20 a 28 de setembro, as restrições de serviço dos comboios estarão em vigor entre as 23h50 e as 7h50.
Nos fins-de-semana de 17 a 31 de agosto e de 5 de outubro a 2 de dezembro, as restrições serão aplicadas das 22h00 às 10h00.
Nos dias úteis, de 11 de agosto a 25 de setembro (incluindo o feriado de 15 de agosto) e de 26 de novembro a 12 de dezembro (incluindo os feriados de 1 e 8 de dezembro), os trabalhos limitarão a circulação ferroviária nesse troço entre as 23h e as 5h.
O início da construção de uma passagem inferior na estação Gaia-Devesas, que obriga a estas restrições, foi coordenado com a Infraestruturas de Portugal e a CP - Comboios de Portugal, segundo a Metro do Porto.
A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros de extensão e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o rio Douro, a Ponte D. Antónia Ferreira, e a Ponte da Ferreirinha, que será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas.
Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto, Campo Alegre e Casa da Música.
O projeto deverá estar concluído até ao final de 2026, mas fonte da Metro do Porto já admitiu à Lusa que a ponte só deverá estar concluída em 2027, sendo os trabalhos de acabamento o principal problema.
Inicialmente, previa-se que o projeto custasse 435 milhões de euros. A 16 de abril, o presidente da empresa admitiu que o custo total da Linha Rubi, atualmente em construção entre a Casa da Música e Santo Ovídio, vai aumentar em 50 milhões de euros, podendo o preço vir ainda a subir.