Maria da Graça Carvalho, que falava aos jornalistas em Quarteira, no concelho de Loulé, explicou que esta fiscalização vai decorrer durante o próximo mês e os resultados serão divulgados no início de setembro, depois de a Agência Portuguesa do Ambiente(APA) fazer uma vistoria semelhante à realizada na costa de Grândola.
"A APA, em conjunto com a Autoridade Marítima [Nacional], também vai fazer uma inspeção no Algarve. Vai começar na próxima semana. Há algumas queixas, muito menos do que na zona de Grândola, mas vai ser feito um plano e inspecções em toda a costa algarvia", afirmou o ministro.
Questionado pelos jornalistas sobre os objectivos da fiscalização, o ministro do Ambiente e da Energia sublinhou que não se centrará apenas nas questões de acesso, mas também em verificar se o serviço público que os concessionários das praias são obrigados a prestar está a ser cumprido.
"Não se trata apenas do acesso, trata-se do serviço público que os concessionários devem prestar", observou Maria da Graça Carvalho, esclarecendo que também vão verificar a "existência de segurança e de primeiros socorros" e se estão disponíveis "balneários e casas de banho abertos e limpos" para serem utilizados pelo exterior.
Em junho, o Ministério do Ambiente e Energia anunciou uma operação semelhante nas praias do litoral do concelho de Grândola, no sudoeste alentejano, inspeccionando 22 praias entre Troia e Melides, 18 das quais concessionadas.
No âmbito desta ação de fiscalização naquele concelho do distrito de Setúbal, as autoridades encontraram oito praias com acesso livre, duas com acesso controlado, oito com acesso condicionado e uma com acesso interdito.
As restantes três praias não tinham as infra-estruturas necessárias, segundo fonte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) na altura.
O Ministério pretende que os operadores coloquem sinalização nestas praias informando da existência de acessos pedonais e colaborem em projectos de estacionamento e acesso sem restrições.
Paralelamente, o Governo está a implementar medidas como a expansão do sistema de transportes públicos, a instalação de restrições de estacionamento e a monitorização e fiscalização contínua destas praias.