O nível de insatisfação com a Direção-Geral da Saúde (DGS) também subiu, com a percentagem de participantes que se declararam insatisfeitos a aumentar de 52,2 por cento para 61,7 por cento entre julho de 2022 e novembro de 2023, mostra o estudo, que teve como objetivo avaliar tópicos atuais, nomeadamente prescrições relativas ao SNS, comparando os dados com os resultados obtidos em julho de 2022.

De acordo com a análise, 39,1 por cento dos inquiridos relataram estar “muito insatisfeitos” com o Governo e 22,8 por cento com a Direção-Geral da Saúde no que diz respeito à gestão atual do SNS.

Por outro lado, a maioria dos participantes declara-se satisfeita (55,7 por cento) com o desempenho dos médicos, enfermeiros e técnicos auxiliares do SNS, apesar da diminuição de seis pontos percentuais em relação a julho de 2022 (61,7 por cento).

Quando questionados sobre as possíveis consequências do atual conflito entre o Governo e os médicos e enfermeiros do SNS, a maioria dos participantes revelou um elevado grau de preocupação com a possível diminuição da qualidade dos cuidados de saúde.

Mais da metade (52,8 por cento) afirma concordar com a afirmação “Estou preocupado que esses conflitos levem a uma redução na qualidade dos cuidados de saúde” e 84 por cento concordam com a afirmação: “Estou preocupado que, se eu tiver um problema de saúde, não receberei a assistência necessária”, com cerca de metade (47,6 por cento) concordando fortemente.

Oito em cada dez entrevistados também declararam temer que essa situação afetasse sua qualidade de vida e 74,9% disseram que temiam que esse conflito levasse a um aumento nos preços da saúde.

A amostra contou com a participação de 1.000 entrevistados, com idade entre 20 e 75 anos, o que, em comparação com as proporções nacionais coletadas no Censo de 2021, “é bastante semelhante, apenas com uma proporção maior de indivíduos entre 50 e 59 anos, e uma menor quantidade de adultos entre 60 e 69 anos, dadas as características de coleta dos estudos em painel on-line”.