Os trabalhadores da CP — Comboios de Portugal que pertencem à estação do Oriente estão em greve hoje e sexta-feira devido ao agravamento das condições de trabalho.

“A adesão à greve é de 100%. Os 33 trabalhadores da bilheteria, da administração e do atendimento ao cliente aderiram à greve. Os trabalhadores protestam contra a falta de resolução dos problemas e o agravamento das condições de trabalho, que nesta estação atingiram um limite inaceitável”, disse Abílio Carvalho, da Fectrans, sublinhando que a greve não está afetando a circulação de

comboios.

De acordo com o líder sindical, os problemas têm se arrastado.

“Há muitos problemas que afetam os trabalhadores, incluindo falhas de eletricidade, infiltrações e água nas bilheterias e acima dos balcões e equipamentos de informática e avarias nos terminais de pagamento automático e intercomunicadores”, listou.

Abílio Carvalho também destacou problemas nos vestiários dos trabalhadores, que também são usados como armazenamento para os arquivos da CP, enquanto os aparelhos de ar condicionado estão quebrados e não são mantidos.

“O escritório de atendimento ao cliente não está em condições, está em ruínas e tem cheiros nauseantes constantes, e as paredes precisam de pintura e limpeza profunda”, disse ele.

Os trabalhadores também se queixam das condições do local onde fazem suas refeições, “muitas vezes superlotado e impróprio para todos os trabalhadores que precisam fazer suas refeições”.

“Eles também solicitam algumas vagas de estacionamento para os trabalhadores, principalmente quando viajam em determinados horários, e monitoram as bilheterias com informações sobre linhas de trem e atrasos”, disse ele.

De acordo com a FECTRANS, a administração “da CP justifica não resolver os problemas com as obras previstas na estação para Alta Velocidade, que poderiam ser até o ano 2030”.

“Os trabalhadores dizem que estão “cansados de promessas e querem ver os problemas resolvidos imediatamente”.