Essas exposições acontecerão até 2025 em vários locais culturais de Cascais, que incluirão concertos, espetáculos de teatro, conferências e workshops para diversos públicos, anunciou o presidente da Fundação D. Luís, Salvato Teles de Menezes, em 28 de fevereiro.

“Era impossível dividir todo o programa em um único ano, não havia tempo nem espaço disponível. Essas exposições, algumas delas grandes eventos culturais, terão uma longa duração, para que o público possa apreciá-las o máximo possível”, comentou o responsável pela entidade que gere os locais culturais em Cascais

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Como parte do 50º aniversário da revolução, uma exposição será inaugurada em 18 de abril, na Casa das Histórias, que evoca a primeira exposição individual da pintora Paula Rego (1935-2022), há quase 60 anos, em uma época de “repressão e violência” com 70 obras desafiando a ditadura e criticando o período pós-revolucionário.

Este evento contará com obras simbólicas da artista, como “Salazar a vomitar a Pátria” (1960), que também aborda a Revolução de 25 de abril, o período pós-revolucionário e o papel das mulheres na luta pela democracia e seus direitos.

Para “aproveitar as sinergias criadas através do conceito Bairro dos Museus”, que reúne 17 equipamentos culturais em Cacais, foi criado um “programa integrado em colaboração com escolas e a Associação 25 de Abril”, destacou Telles de Menezes.

“O programa oficial começa em 5 de março, com a inauguração de duas esculturas alusivas às principais reuniões da conspiração (para a revolução de 1974) realizadas em Cacais, onde um número significativo de militares rebeldes estava presente”, indicou.

No dia 5 de março, também ocorrerá a inauguração de duas guirlandas de luz, referenciando cada reunião conspiratória, uma ocorrendo no estúdio da arquiteta Braula Reis, na Rua Visconde Luz, e outra no Estoril, com a presença de entidades oficiais.

Uma exposição virtual está marcada para setembro, como parte do trabalho do grupo cultural da Área Metropolitana de Lisboa que faz alusão ao 50º aniversário da revolução, numa iniciativa comum aos 18 municípios, e “Cacais apresentará o tema da Revolução de 25 de abril ligada à literatura”.

Em 2025, “será realizada uma grande exposição, organizada com o Museu do Neorrealismo, em Vila Franca de Xira, para ser apresentada no espaço de exposição do Palácio da Presidência em Cascais”.

David Santos, o diretor do Museu do Neorrealismo, que será o co-curador, com Jorge Calado, revelou que a exposição será “um coletivo de exposições do museu, com obras de artistas ligados ao neorrealismo português”, nas especialidades de pintura, desenho, escultura e fotografia.

O Museu da Música Portuguesa — Casa Verdades de Faria, no Estoril, destacará as peças da coleção de Fernando Lopes-Graça (1906-1994) e Michel Giacometti (1929-1990), abordando a revolução em diferentes temas.

Além do programa do museu, organizado pelo Departamento de Museus e Promoção Cultural, e pelo Departamento de Arquivo de Arquivos, Bibliotecas e Patrimónico Histórico, também haverá eventos em locais como o Arquivo Histórico Municipal de Cascais — Casa Sommer e em bibliotecas municipais.

“Um ciclo de “Conferências sobre Liberdade (s)” também está programado para adultos, e os eventos para crianças incluem apresentações teatrais, leituras encenadas, oficinas de expressão plástica e dramática e exposições bibliográficas.

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