Em declarações à Lusa esta manhã, o recém-eleito presidente da associação, Vítor Soares, afirmou que o protesto já “juntou muitos” motoristas e parceiros nas Amoreiras, em Lisboa, em frente à sede da Uber, de onde saíram para viajar para a Avenida da Liberdade, e lá permanecerão por cerca de 24 horas, até sábado de manhã.

Vítor Soares explicou que a associação prestou apoio institucional à manifestação, que também está a decorrer pelo menos nas cidades de Faro e Coimbra, pois “é solidária com os problemas desses profissionais e com a insatisfação vivida no setor”.

“Está recebendo uma ótima resposta. Provavelmente já existem mais de 400 carros e acredito que mais chegarão durante o dia na Avenida da Liberdade”, disse Vítor Soares

.

Os promotores do protesto disseram que em outros lugares onde parceiros e motoristas se reuniram, a participação “também é significativa”.

Em Faro, o protesto no aeroporto deverá terminar às 14h00.

Entre os motivos do protesto está o valor da viagem, que está “no limiar da lucratividade das empresas”.

“É também por isso que recebemos relatos de motoristas que não conseguem parar 24 horas por dia devido a dificuldades econômicas. É impossível que eles parem o dia inteiro, pois a sustentabilidade das empresas e das famílias está em risco”, explicou.

Segundo Vítor Soares, o custo da atividade de TVDE tem “aumentado sistematicamente nos últimos cinco anos”, incluindo os “preços exorbitantes” dos seguros. A situação significa que os motoristas são “obrigados a trabalhar sete dias por semana, normalmente mais de 12 horas por dia”.

Os manifestantes estão pedindo o pagamento de um mínimo de 0,70 centavos por quilômetro por cada viagem, além de também quererem o pagamento de 50% do quilômetro da viagem até que o cliente seja retirado, para que haja compensação para o motorista.