A liberação da delimitação da zona de pressão urbana deu à Câmara Municipal de Viseu uma nova ferramenta na luta contra edifícios abandonados ou em decomposição, o que permite aumentar o IMI em dez vezes em determinadas propriedades. De acordo com o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, “Os proprietários de edifícios em ruínas, se não fornecerem uma solução para as suas propriedades, pagarão um IMI 10 vezes superior
”.Após a publicação do decreto sobre a delimitação de Viseu em Diário da República, que o presidente do município argumenta que é um novo pedágio que ajudará massivamente o município a reduzir a questão de edifícios em ruínas, inclui áreas cruciais no centro da cidade. Como observou Fernando Ruas, “Nossa zona de pressão urbana tem uma característica curiosa: ela engloba uma ARU [Área de Reabilitação Urbana], a ARU do centro histórico
”.A delimitação, que foi selecionada pelo município, engloba os edifícios vazios na Avenida 25 de Abril, Avenida da Europa, a entrada norte da cidade, perto da Cava de Viriato, e a entrada para Nelas e Serra da Estrela. “Nesta entrada, para quem vem das montanhas, há uma série de prédios vagos, dos quais eu nem sei quem são os proprietários, até o antigo cemitério, que não favorece aquela área”, explicou Fernando Ruas
.“Esse é um instrumento de planejamento urbano que os conselhos deveriam ter. Não há muitos que os têm, mas deveriam [ter], porque isso significa que esse tipo de construção não dura para sempre e acaba existindo muito, especialmente nas regiões mais interiores”, afirmou Fernando. De acordo com o prefeito, Viseu iniciará imediatamente uma pesquisa, o que implica a criação de um inventário de todos os edifícios desocupados naquela zona de pressão.