O autarca do Funchal disse que a taxa aplicada aos passageiros de cruzeiros terá o mesmo valor que a que, a partir de 1 de outubro deste ano, também começará a ser cobrada nas dormidas em hotéis e estabelecimentos de alojamento local na cidade.
“Por enquanto, vamos aplicar dois euros por noite e por hóspede em hotéis e alojamento local, a partir de 1 de outubro deste ano. E houve um compromisso com a CLIA, que honramos porque somos pessoas que honram os nossos compromissos, de aplicar a mesma taxa de imposto turístico, a partir de 1 de janeiro de 2025”, disse Cristina Pedra, durante a assinatura de um protocolo com a Associação Internacional de Cruzeiros (CLIA), que prevê a plantação de plantas endêmicas da Madeira no Parque Ecológico do
Funchal.O autarca do Funchal explicou que a adoção da taxa visa fazer face “ao aumento dos custos do próprio turismo e à pressão do turismo” na cidade, uma vez que, apesar de ter apenas 115 mil habitantes, o Funchal recebe 100 mil turistas todos os dias, além de “mais de 50 mil pessoas que vivem entre a Ribeira Brava e Santa Cruz e que vêm ao Funchal por motivos de trabalho ou negócios”.
“Isso está colocando uma enorme pressão sobre o Funchal”, lamentou o prefeito, observando que o valor encontrado, de dois euros por noite ou por passageiro de cruzeiro, é “muito menor do que em algumas áreas do país e, certamente, na Europa”. Nikos Mertzadinis, vice-presidente de portos e destinos da CLIA Europe, destacou a importância do acordo alcançado com a autarquia do Funchal sobre esta questão, considerando que “os destinos devem estar em excelentes condições e os residentes locais devem estar satisfeitos
para receber passageiros de cruzeiros”.De acordo com o responsável, a CLIA está, portanto, satisfeita com o acordo alcançado em relação à taxa turística a ser aplicada aos passageiros de cruzeiros, uma vez que “todos devem pagar sua parte justa dos impostos”. “Foi isso que o município nos pediu que fizéssemos e foi feito com muita transparência. Nossos passageiros sabem o que estão pagando e, dessa forma, temos tempo para adaptar nosso modelo de negócios e para que as empresas de cruzeiros se adaptem às novas taxas turísticas. Isso foi conseguido graciosamente graças ao município do Funchal”, disse o diretor da CLIA
.Nikos Mertzadinis disse ainda esperar que este acordo demonstre “o quanto as companhias de cruzeiros estão comprometidas com a Madeira e seus destinos”, de forma a garantir não só a sustentabilidade ambiental, mas também social.