De acordo com uma análise preliminar do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as temperaturas médias e máximas mais altas foram registadas desde 1931, num ano que foi “extremamente quente e extremamente seco”.
“Foi o verão mais quente desde 1931, com uma temperatura média do ar de 23,51°C, 1,55°C acima do normal (1991-2020)”, afirmou o IPMA.
Também foi registrada uma temperatura média máxima do ar de 30,78°C, a mais alta nas últimas nove décadas, “com uma anomalia de 2,09°C em comparação com o valor normal”.
A temperatura média mínima do ar foi de 16,25°C — a quarta mais alta desde 1931 — 1,02°C acima do normal. O mais alto foi registrado em 1989 (16,31° C
).As três ondas de calor ocorreram entre 15 e 20 de junho, 26 de junho e 9 de julho e 29 de julho e 17 de agosto, as mais duradouras nas regiões do interior Norte e Centro.
Trinta e três novos extremos de temperatura máxima do ar e 10 novos extremos mínimos de temperatura do ar também foram registrados.
O valor extremo registado em Mora (46,6°C) em 29 de junho representa o novo extremo absoluto de temperatura máxima para esse mês para Portugal continental.
Overão deste ano também foi o mais seco desde 1931, com uma precipitação total de 10,9 mm, correspondendo a apenas 24% do normal de 1991-2020.