O comissário Carlos Reis disse à agência Lusa que o romance apesar de ter sido publicado em 1984 serve hoje como um alerta para a Europa e o mundo, “com ameaças que Saramago evidenciou no plano ficcional”.
Durante a obra literária, Ricardo Reis apercebe-se da chegada dos regimes totalitaristas e ameaças de guerra na década de 30, no século XX, remontando para o período salazarista, a viver-se na época.
“Isto sublinha o significado que Saramago atribuía ao trabalho do escritor, em detrimento da inspiração, em que ele não acreditava. Teve, sim, intuições admiráveis e trabalhou muito como escritor”, salientou.
24 anos após ter ganho o Prémio Nobel da Literatura, José Saramago ainda é considerado mais do que um escritor, mas segundo Carlos Reis é “a faceta que sempre deve ser acentuada.