O estudo da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor analisou o preço de um cabaz de 26 medicamentos não sujeitos a receita médica em farmácias, espaços de saúde das grandes superfícies e parafarmácias em todo o país, tendo concluído que “nas farmácias, a amostra de medicamentos selecionada é mais cara – a diferença chega a ser de mais 14% que nos outros canais de distribuição”.

A Deco Proteste refere em comunicado que desde que os medicamentos não sujeitos a receita médica deixaram de ser vendidos exclusivamente nas farmácias, o preço deixou de ser fixado pelo Estado, e “a diferença de preços entre as grandes superfícies e as farmácias tem sido constante”, dando exemplos com alguns dos medicamentos mais vendidos em Portugal, nomeadamente Ben-u-ron, Daflon ou Voltaren, que estão entre os 26 fármacos que compõem a amostra do estudo.

O estudo revela que o Ben-u-ron (500 mg) custava 2,52 euros em média num hipermercado e 2,79 euros, em média, em farmácias; o Daflon (1000 mg) custava 18,84 euros em média num hipermercado e 21,36 euros em média em farmácia e o Voltaren Emulgelex Gel, embalagem de 180g, custava 21,35 euros em média nas parafarmácias e mais dois euros, em média, na farmácia.

Segundo dados da Autoridade Nacional de Medicamentos e Produtos de Saúde (Infarmed), as farmácias continuam a deter o maior volume de vendas, cerca de 78% do volume de mercado.

Em Castelo Branco e Guarda, o cabaz custa em média 210 euros, e em Beja, a média atinge os 252 euros. Traçando a média para Portugal Continental, o estudo indica que estes 26 medicamentos custariam 237 euros.