“Precisamos de respostas rápidas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ainda por cima falta pouco tempo para o verão, sabemos que as urgências continuam caóticas e que faltam médicos de família. Portanto, a saúde não pode esperar mesmo”, disse o presidente da Fnam aos jornalistas.
Questionada pela Lusa sobre o número de médicos que já apresentaram atas de rejeição relativamente a horas extraordinárias, Joana Bordalo e Sá disse que alguns conseguiram chegar à federação.
“Ainda não são muitos, mas há médicos que estão efetivamente a cumprir o seu dever de não fazerem mais de 150 horas extraordinárias”, disse, destacando que “abril e maio são meses muito decisivos”.
O presidente do sindicato emitiu um alerta terrível, afirmando que as limitações aos serviços de urgência fechados que se verificaram no ano passado se repetirão no verão se não forem tomadas medidas decisivas para garantir médicos no Serviço Nacional de Saúde.
“Sabemos que temos poucos médicos no Serviço Nacional de Saúde e sabemos que o verão está aí à porta. Sabemos também que a esmagadora maioria dos médicos de urgência já atingiu o máximo de 150 horas extraordinárias que são obrigados a cumprir”, explicou.
Portanto, “se nada for feito e se não houver sinais de que conseguiremos efetivamente assinar um protocolo negocial e ter uma negociação séria, competente, sem jogos de bastidores e com clareza, com lealdade, de ambos os lados, provavelmente teremos um verão muito, muito difícil.”