A União Europeia (UE) foi fundada por seis países: Países Baixos, Luxemburgo, Itália, França, Alemanha e Bélgica. Os seis países uniram-se após a II Guerra Mundial, após a destruição dos seus países, resultante das batalhas que ocorreram durante a guerra. Assim, estes seis países encontraram uma forma não só de acabar com os conflitos, mas também de apoiar e dinamizar as economias uns dos outros. Assim, em 1957 foi fundada a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, tornando-se mais tarde não só uma rede para o carvão e o aço, mas também para outras questões económicas e sociais, sendo então denominada Comunidade Económica Europeia (CEE). Foi em 1993 que a antiga CEE começou a chamar-se União Europeia.

O Parlamento Europeu

Foi a 19 de março de 1958 que, pela primeira vez, o Parlamento Europeu se reuniu para discutir e dar forma a novas ideias para a comunidade.

Recentemente, 27 países fazem parte da UE, o que significa que 27 países discutem e elaboram em conjunto as leis a aplicar a todos os Estados membros. Em 2024, os cidadãos europeus têm o direito de ir às urnas e decidir que representante querem que represente o seu país no Parlamento Europeu. A 9 de junho de 2024, os cidadãos europeus selecionarão um total de 750 deputados europeus. Após a seleção dos deputados, estes serão divididos em grupos políticos, separados por ideologia política.

Portugal vai eleger 21 eurodeputados para o Parlamento Europeu, o que significa que, nas urnas, os cidadãos portugueses vão votar num dos partidos que já conhecem de eleições anteriores. Após a contagem dos votos, será enumerado o número de deputados que cada partido elegeu, sendo depois os eurodeputados divididos pelos grupos políticos europeus.

Existem sete grupos políticos no Parlamento Europeu: Partido Popular Europeu; Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas; Renovar a Europa; Grupo da Esquerda no Parlamento Europeu; Verdes/Aliança Livre Europeia; Europeus e Reformistas; Identidade e Democracia. Por exemplo, cada deputado eleito pelo PSD fará parte do grupo Partido Popular Europeu e os deputados do PS aderirão à Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas. Existe sempre a possibilidade de entrar para o Parlamento como independente, não pertencendo a nenhum dos grupos políticos.

Os principais candidatos portugueses

Todos os partidos eleitos para a Assembleia da República apresentarão um candidato principal para ser eleito deputado ao Parlamento Europeu. No entanto, outros partidos, que não fazem parte da Assembleia, também apresentarão os seus candidatos.

Começando pela Aliança Democrática (AD), o principal candidato é Sebastião Bugalho, conhecido por ser um comentador político na SIC. Estudou Ciências Políticas, mas Sebastião Bugalho é também jornalista e escreve para jornais como o Expresso.

O Partido Socialista (PS) decidiu escolher Marta Temido como principal candidata ao Parlamento Europeu. A ex-ministra da Saúde é já conhecida dos portugueses, sobretudo pelo seu trabalho durante o início da pandemia de Covid-19.

O principal candidato do Chega será António Tânger Corrêa, vice-presidente da direção nacional do partido. O candidato tem também experiência como diplomata, tendo sido embaixador de Portugal em países como a Bósnia, Sérvia, Israel, Egipto, Qatar e Lituânia. António Corrêa foi também cônsul-geral de Portugal em Goa e no Rio de Janeiro.

A Iniciativa Liberal (IL) decidiu que o seu antigo líder João Cotrim de Figueiredo seria a melhor pessoa para ser o candidato principal do partido. Catarina Martins será a principal candidata ao Parlamento Europeu pelo Bloco de Esquerda (BE), depois de deixar a liderança do partido em 2023.

A Coligação Democrática Unitária (CDU) escolheu João Oliveira, que é deputado na Assembleia Municipal de Évora. Ainda à esquerda, Francisco Paupério foi a escolha do LIVRE para representar o partido no Parlamento Europeu.

Pedro Fidalgo Marques é o principal candidato do Pessoas, Animais e Natuza (PAN) ao Parlamento Europeu.

Como votar?

Em Portugal, as eleições realizar-se-ão no dia 9 de junho. Os cidadãos poderão votar em qualquer mesa de voto do país, no entanto é possível votar mais cedo, noutras zonas do país. Para tal, os cidadãos devem inscrever-se no site das eleições (https://www.votoantecipado.pt/) de 26 a 30 de maio, escolhendo depois o local onde pretendem votar.

Para ajudar a decidir o voto, os canais de televisão portugueses vão transmitir debates com todos os principais candidatos, para que as ideias de cada partido, para o Parlamento Europeu, possam ser discutidas em direto na televisão.



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Deeply in love with music and with a guilty pleasure in criminal cases, Bruno G. Santos decided to study Journalism and Communication, hoping to combine both passions into writing. The journalist is also a passionate traveller who likes to write about other cultures and discover the various hidden gems from Portugal and the world. Press card: 8463. 

Bruno G. Santos