Segundo o ECO, Luís Montenegro reiterou o seu apoio à candidatura de António Costa à presidência do Conselho Europeu, sublinhando que o ex-primeiro-ministro é "o melhor socialista daqueles que estão em condições de ser candidatos" àquela instituição em Bruxelas. E "não é só" por ser português.

"É pela sua experiência, porque foi membro do Governo em quatro ocasiões diferentes e presidente da maior câmara municipal do país", a de Lisboa.

"Estou muito à vontade porque me sentei para combater o primeiro Governo de Costa", afirmou o primeiro-ministro durante o debate quinzenal na Assembleia da República, atirando depois uma farpa a Chega, que, por hábito, interrompe as intervenções nas restantes bancadas: "Outros ou ainda não estavam na política ou estavam atrás de mim com uma bandeira a apoiar o que eu dizia".

Luís Montenegro apelou à bancada socialista no Parlamento Europeu, da qual o PS faz parte, para que apoie o segundo mandato de Ursula von der Leyen como presidente da Comissão Europeia. Apesar da oposição entre as duas famílias políticas, há convergências. "Não é o negócio da política", diz. "É a convergência e a criação de um consenso político para um projeto político."

O candidato alemão do Partido Popular Europeu (uma família de PSD e CDS) precisa não só do apoio da maioria dos 27 Estados-membros mas também de 361 votos no Parlamento Europeu para ser reeleito e, por isso, será necessária a ajuda dos socialistas. Esta ajuda ainda não foi formalizada, uma vez que, durante a campanha eleitoral, von der Leyen se mostrou disposta a negociar com o grupo da direita radical no Parlamento Europeu, o que não agradou aos socialistas.

O resultado das eleições será anunciado a 16 de julho, altura em que o Parlamento Europeu elegerá também o seu Presidente e Vice-Presidente. Os 720 eurodeputados serão empossados durante a mesma sessão parlamentar. A nomeação de António Costa como Presidente do Conselho Europeu deverá ser anunciada na reunião de dois dias em Bruxelas, que começa hoje.