Francisco Calheiros foi um dos oradores nas sessões parlamentares da Chega, num painel subordinado ao tema "Dinamizar a economia portuguesa".

"A falta de mão de obra é uma realidade. Tem sido ultrapassada pela imigração e penso que não há outra forma de o fazer", defendeu.

O presidente da Confederação do Turismo Português considerou necessário "criar condições para que eles venham, para que não haja filas intermináveis nos serviços, para que tenham habitação, contratos de trabalho e para que possam ter todas as condições para serem integrados, como os portugueses querem que sejam".

No mesmo painel, o deputado do Chega, Filipe Melo, não concordou com esta posição.

"Não precisamos de imigrantes para acabar com a falta de mão de obra, o que precisamos é de acabar com o RSI, pôr os que estão a receber [este subsídio] a trabalhar, e assim não precisarmos de imigrantes", afirmou, defendendo que "esta é a condição prévia para que a economia funcione".

Numa segunda intervenção, o presidente da Confederação do Turismo Português refutou: "Podemos colocar todas as pessoas que recebem o RSI [em postos de trabalho atualmente ocupados por imigrantes], mas não é suficiente".