O programa municipal, criado em fevereiro de 2015, permite a distribuição de financiamento a instituições designadas para intervenções nos domínios da arquitetura e restauração, economia e cultura.


Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, abordou o orçamento municipal da cidade para 2025 durante uma audição conjunta da 1ª e 2ª comissões da Assembleia Municipal de Lisboa. A proposta de orçamento, no valor de 1.359 milhões de euros, é a última do atual mandato do executivo PSD/CDS-PP (2021-2025) e coincide com as próximas eleições autárquicas.

Durante a audição, que durou três horas, Joana Oliveira Costa respondeu a questões sobre o programa "Lojas com História", destinado a preservar lojas históricas, e as razões que levaram ao encerramento de algumas lojas não incluídas na iniciativa. A deputada referiu que os encerramentos ocorrem muitas vezes quando os proprietários das lojas não conseguem arranjar sucessores, o que os obriga a encerrar as suas actividades.

A proposta de orçamento surge no âmbito de uma liderança PSD/CDS-PP liderada por Moedas, que governa sem maioria absoluta. A ser aprovado, o orçamento marcará o quarto ano consecutivo de abstenção do PS, enquanto os outros partidos da oposição - PCP, BE, Livre e Cidadãos Por Lisboa - têm votado sistematicamente contra os planos financeiros da administração.

A proposta de orçamento reflecte as prioridades da administração, numa altura em que Lisboa se prepara para um ano eleitoral crítico, com debates centrados na manutenção do património cultural da cidade e na resposta aos desafios económicos urbanos.