"Do meu ponto de vista e do ponto de vista do governo, o principal esforço tem de ser o de estimular o investimento e atrair o investimento direto estrangeiro. São duas faces da mesma moeda. Temos o investimento público numa boa trajetória, mas estamos presos a prazos muito apertados".

O primeiro-ministro Luís Montenegro, em entrevista ao Diário de Notícias, prometeu uma recuperação "nos próximos dois anos" de "muito do investimento que se perdeu nos últimos oito". Agora, investir é a palavra de ordem. É a palavra de ordem para quem está cá e a palavra de ordem para quem olha para nós de fora".

Montenegro explica dizendo que, "para os que cá estão, proporcionando condições como o desagravamento fiscal, a simplificação dos processos de licenciamento e administrativos, a facilidade de contratação e a regulamentação da captação de recursos humanos do estrangeiro".

Por outro lado, diz o líder do Executivo, "para quem vê de fora, o que é que nós temos? Temos boas condições de investimento, incentivos ao investimento, políticas de capitalização das empresas, políticas de valorização salarial, que por si só implicam um aumento da produtividade, o aproveitamento das nossas condições do ponto de vista da formação, do ponto de vista do conhecimento científico, do ponto de vista tecnológico, o apetrechamento das empresas com parcerias estratégicas com o exterior, e é aqui que se coloca também a questão da segurança como ativo económico".

Na mesma entrevista, falou ainda sobre o desagravamento fiscal, assumindo que é "invulgar" prever um défice de 0,1%". Acrescentando que "se tivéssemos um problema de défice de 0,1%, qualquer governo o resolveria em dois passos. Sinceramente, nem sequer é um problema. Mas no final do próximo ano, quando eventualmente falarmos, podemos tirar a teimosia entre a posição do Governo e a do governador do Banco de Portugal".