No ano passado, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 31,6 milhões de hóspedes e 80,3 milhões de dormidas, o que representa um recorde histórico. O aumento anual foi de 5,2% no número de turistas e de 4% nos alojamentos.

Só em dezembro de 2024, o setor do alojamento turístico registou 1,9 milhões de hóspedes e 4,2 milhões de dormidas, o que significa mais 3,6% de pessoas e mais 2,9% de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros em Portugal. A ocupação no alojamento turístico nacional atingiu 32,2% e 39,2% nas taxas líquidas de ocupação-cama e de ocupação-quarto, respetivamente.

De acordo com a estimativa rápida do INE, as dormidas dos mercados externos predominaram, representando 70,3% do total de dormidas em 2024, num total de 56,4 milhões.

Turistas do Reino Unido

O Reino Unido manteve-se como o principal mercado emissor em 2024, sendo responsável por quase duas em cada dez (18,1%) das dormidas de não residentes (+2,7%). Seguiram-se os mercados alemão (11,3%), espanhol (9,7%), norte-americano (9,2%) e francês (8%). Ainda assim, os maiores aumentos registaram-se nos turistas provenientes do Canadá (+17,1%) e dos EUA (+12,1%).

Até novembro, as dormidas cresceram 4,1%, tendo sido os residentes a registar o aumento mais significativo (+22,2%) no penúltimo mês do ano, correspondendo a 1,7 milhões de pessoas. No entanto, no final do ano, a tendência inverteu-se e os visitantes estrangeiros acabaram por ditar a evolução do mercado.

"Nos mercados externos, os britânicos mantiveram-se como o principal mercado emissor (quota de 13,7%), tendo registado um ligeiro decréscimo (-0,2%), seguidos de Espanha (peso de 13,2%), que diminuiu 10%. Entre os 10 principais mercados emissores em dezembro, o mercado polaco voltou a destacar-se pelo maior aumento (+13,9%)", lê-se no relatório do INE relativo a dezembro.

O mês das festas de Natal e Fim de Ano foi também crucial para a Região Autónoma da Madeira, que teve o maior aumento de dormidas do país (+8,8%), logo à frente dos Açores, que cresceram 4,4%. Piores notícias para o Oeste e Vale do Tejo e para o Centro, que foram as únicas regiões portuguesas com quebras (-3,0% e -0,3%, pela mesma ordem).