A análise abrange 32 mercados na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) e destaca um crescimento de 9% na capacidade operacional e de 16% na capacidade planeada e em construção.
Apesar de ainda estar numa fase inicial, o sector dos centros de dados em Portugal está a atrair investimentos significativos. A cidade de Lisboa tem atualmente uma capacidade operacional de 15 MW, mas os projectos em curso irão aumentar exponencialmente esta capacidade. A AtlasEdge está a construir um centro de dados de 9,3 MW, enquanto a Merlin Properties está a planear um empreendimento de 180 MW. Além disso, espera-se que o projeto Start Campus em Sines atinja 1,2 GW, tornando-se um dos maiores centros de colocation da Europa.
Lisboa beneficia da sua proximidade a cabos submarinos que são essenciais para a conetividade digital global, indica a consultora. Destacam-se o cabo Google Cloud, previsto para 2026, e o 2Africa, ambos com ligação à capital portuguesa. Para além da sua localização estratégica, Portugal tem também uma elevada capacidade de produção de energia renovável, com mais de 70% da sua eletricidade proveniente de fontes sustentáveis, um fator determinante para os operadores de centros de dados.
"Portugal tem terrenos em zonas industriais estratégicas, ideais para novos projectos de data centers, e uma robusta capacidade de produção de energia renovável. Atualmente, mais de 70% da eletricidade do país é gerada a partir de fontes renováveis, o que nos posiciona como líderes na produção deste tipo de energia. No entanto, há que ter em conta que nem todos os terrenos têm cobertura de troncos de fibra escura, o que significa que algumas localizações ainda não estão totalmente preparadas para estas fábricas digitais do futuro", afirmou Sérgio Nunes, Head of Industrial, Logistics & Land da C&W em Portugal, citado em comunicado.
Embora os principais mercados europeus de centros de dados continuem concentrados nas cidades de Londres, Frankfurt, Dublin, Paris e Amesterdão, há um movimento crescente em direção a novos mercados emergentes. Helsínquia, por exemplo, registou um crescimento notável em 2024, atingindo uma capacidade de 594 MW, superando outros mercados nórdicos.
Com um mercado em rápida expansão, Portugal está a posicionar-se como um destino atrativo para investimentos em centros de dados, beneficiando de condições de negócio favoráveis, energia renovável abundante e uma ligação estratégica à rede global.