A vice-presidente da Câmara de Silves, Luísa Conduto, disse à Lusa que o financiamento do projeto está garantido pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com verbas que estavam destinadas à recuperação das muralhas da Almedina Islâmica.
Segundo o autarca, devido à reprogramação do PRR, os dois milhões de euros destinados à recuperação das muralhas "foram canalizados" para a Sé de Silves através de um contrato interadministrativo assinado com o Governo.
Em maio deste ano, no âmbito da reprogramação do PRR, foi atribuído 1,2 milhões de euros à Sé de Silves, tendo sido retirados 2,2 milhões de euros destinados às muralhas e à Porta de Almedina daquele concelho algarvio.
De acordo com o anúncio do procedimento, publicado hoje em Diário da República, o projeto consiste na recuperação das coberturas e fachadas do monumento de estilo gótico, construído a partir de 1268, durante o reinado de Afonso III.
De acordo com o documento, os trabalhos incluem o tratamento e a reparação das partes metálicas artísticas que apresentam corrosão ativa, a proteção com resina das alvenarias e das fixações de cantaria, a reparação do cata-vento com cruz no topo da torre sineira e a restauração do relógio de pedra.
Os trabalhos incluem igualmente o restauro das caixilharias de ferro dos vitrais e das portas exteriores de madeira, bem como a reparação do reboco das paredes nas zonas em que este se encontra danificado.
Os trabalhos de conservação e restauro "devem ser executados" de acordo com as Condições Técnicas Especiais (CTE), por conservadores-restauradores e técnicos de conservação e restauro, segundo o caderno de encargos.
As CTE estabelecem os requisitos técnicos e de qualidade que devem ser seguidos durante a execução dos trabalhos.
O concurso decorre até 12 de setembro, tendo o procedimento contratual um valor base de 1,5 milhões de euros e um prazo de execução de 240 dias.