“Fechamos a A4 e, até termos uma resposta concreta, não vamos sair daqui. Só sairemos daqui se tivermos uma resposta concreta. Queremos que ela [referindo-se à Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes] diga por escrito e sublinhe claramente que o apoio de 2023 será pago até o final de fevereiro”, disse Luís Reis, da organização de protesto

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Luís Reis, que é produtor de gado, rejeitou a possibilidade de o apoio ser pago “só em junho”.

“Queremos que fique claro hoje que os pagamentos vencem em fevereiro”, ressaltou.

De acordo com Luís Reis, que espera que centenas de agricultores cheguem ao local do protesto, muitas pessoas “em uma situação muito difícil já estão pedindo empréstimos” para sobreviver diariamente.

“Somos muitos e nos devemos muito dinheiro. Devemos a muitas pessoas. Há quem esteja fazendo empréstimos. Se a ministra der linhas de crédito, então deixe que ela faça os pagamentos”, concluiu.

Este protesto, que começou nas primeiras horas da manhã, já fez com que a A4 fosse fechada nos dois sentidos entre os trevos de Lamas e Amendoeira, no distrito de Bragança.

Alternativas ao tráfego estão sendo feitas através de estradas nacionais, nomeadamente a EN15.

Os agricultores moveram tratores e máquinas agrícolas para a estrada e uma rede de cercas foi derrubada.

A organização estima que cerca de 300 agricultores estejam concentrados, de Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Alfândega da Fé, Vimioso, Bragança, Vinhais, Mogadouro e Valpaços, no distrito de Vila Real em vários pontos de protesto.