A Revolut abrirá uma filial em Portugal e atualmente está trabalhando na obtenção de um IBAN nacional, afirmou Rúben Germano, responsável por este projeto.

Rúben Germano considera essencial que a Revolut — que atualmente opera com um IBAN lituano — obtenha um IBAN português, pois poderá operar em um modelo bancário semelhante ao das instituições no mercado nacional e lançar produtos financeiros como crédito pessoal.

“O nosso principal objetivo é cumprir todos os requisitos regulatórios”, indicou, destacando que a meta é obter o IBAN português este ano. “Estamos analisando todas as análises regulatórias e todos os relatórios que teremos que cumprir”, assegurou, acrescentando que a Revolut está trabalhando com o Banco de Portugal nesse sentido

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“Vamos lançar o crédito pessoal, que é o maior segmento em crédito ao consumo”, mencionou, portanto, é essencial que a empresa obtenha o IBAN português para avançar com novos produtos.

Ao obter o IBAN, a Revolut poderá avançar com produtos de investimento de “baixo risco”, e os cartões de crédito poderão estar entre esses lançamentos.

“Estamos atentos aos produtos que são âncoras no mercado, como as hipotecas, por exemplo”, captando maturidade e depósitos a prazo estão no horizonte da Revolut, sustentou Rúben Germano.

É “mais difícil” se distinguir no mercado “sem esses produtos”, disse ele, acrescentando que o banco é competitivo em termos de preços e enfatizou maior facilidade e rapidez, bem como as vantagens de transparência da instituição.

Quando questionado sobre as dúvidas dos clientes tradicionais em relação a esse tipo de banco sem agências e com grande foco tecnológico, Rúben Germano lembrou que a Revolut está coberta pela garantia de depósitos com uma licença bancária na Lituânia.

A

receita global da Revolut aumentou 45 por cento, para 1,1 bilhão de euros em 2022, e a empresa deve ganhar quase 2 bilhões de euros este ano. A empresa tem 1.300 funcionários em Portugal e cerca de 9.000 em todo

o mundo.