O primeiro a reagir foi o presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, que classificou as medidas apresentadas por Luís Montenegro como um “anúncio dos quatro eu (s)”.

Para Rui Rocha, o primeiro I é “Inconveniente” porque “a redução de impostos que foi vendida como um 'choque fiscal'”, afinal, não é uma “ambição tão diminuída”.

Por outro lado, Rui Rocha disse que a redução “é insuficiente”, porque se traduz em ganhos de dois ou cinco euros por mês para cada contribuinte.

Outro eu era a favor da injustiça porque para o líder da IL “aqueles que têm mais de 35 anos não serão abrangidos por algumas medidas” e não devem ser discriminados por esse motivo.

Por fim, Rui Rocha considerou que é uma proposta “ilusória” porque dá a ideia de que há uma grande redução de impostos, o que na realidade não acontece, mas deu a entender que a IL não votará contra.

Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, começou por alertar que as projeções avançadas por alguns órgãos de comunicação social estão erradas porque abrangem a redução do IRS aprovada pelo anterior governo do PS e que já está incluída no atual Orçamento do Estado.

“Tudo o que o governo do PSD está fazendo é colocar 200 milhões em cima dos 1.330 milhões” que já estão no orçamento atual, afirmou o coordenador do bloco, considerando que o executivo de Montenegro “tornou toda a reforma tributária mais injusta e mais focada nos altos escalões”, beneficiando salários mais altos.