Na quarta-feira, no porto de Quarteira, vários barcos de pesca ficaram encalhados e outros não conseguiram realizar sua atividade devido à falta de gelo para preservar o peixe, informou a Olhãopesca, uma organização de produtores do Algarve.

Em declarações à Lusa, o presidente da empresa que gere os portos portugueses esclareceu que a capacidade instalada da Docapesca e de empresas privadas nem sempre é suficiente para abastecer todas as partes interessadas.

“Desde o início da colheita da sardinha, a Docapesca já contratou a aquisição de 299 toneladas de gelo para a região do Algarve, das quais 135 toneladas foram para Quarteira”, disse, acrescentando que, para garantir uma maior disponibilidade de gelo, a Docapesca tem vindo a desenvolver contratos de manutenção preventiva e assistência técnica para as suas fábricas.

Segundo o diretor, devido à complexidade do equipamento de refrigeração, cujo desempenho “depende muito da intensidade de uso e das condições atmosféricas do entorno”, contratos de fornecimento de gelo também foram estabelecidos com produtores externos para atender às necessidades de pescadores e armadores.

Além de Quarteira, no município de Loulé, problemas também estão sendo relatados no oeste do Algarve, segundo Barlapescas, que diz que a falta de gelo, devido a avarias ou falta de manutenção das máquinas, também está afetando os portos de pesca de Portimão e Sagres, em Vila do Bispo.

Segundo Sérgio Faiais, no caso de Sagres, devido ao esperado aumento do consumo de gelo e para evitar “tensão excessiva” no equipamento de produção de gelo do Arade, está sendo finalizado um procedimento para alugar duas fábricas de gelo adicionais da Espanha, que funcionarão em Sagres de agosto até o final da colheita da sardinha.