“Apesar do aparente sucesso, em grande parte devido ao esforço e dedicação dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o processo de vacinação sazonal está longe de atingir as metas ideais”, disse a USF-AN em um comunicado.
A associação alegou que, além da campanha de atenção primária à saúde começar mais tarde, houve “falhas persistentes” na disponibilidade de vacinas para os centros de saúde, “que não parecem estar acontecendo nas farmácias”.
Essa situação está “comprometendo o sucesso total da campanha, com desgaste na confiança dos profissionais e dos pacientes, sem falar no impacto no gerenciamento da doença”, destacou a USF-AN.
De acordo com a associação, apesar da falta de stock em algumas unidades do SNS, a maior taxa de cobertura vacinal contra a Covid-19 e a gripe foi registada entre idosos com 85 anos ou mais, que são vacinados exclusivamente nos centros de saúde.
Além disso, os centros de saúde vacinam mais do que farmácias há três semanas consecutivas, “denotando o esforço para alcançar os objetivos propostos e dar a melhor resposta à população, mesmo em condições menos favoráveis”, disse a associação que representa a saúde familiar da unidade.
De acordo com o último relatório da Secretaria, entre 20 de setembro e 1º de dezembro, 1.444.120 pessoas foram vacinadas com o reforço sazonal contra a Covid-19 e 2.158.165 pessoas contra a gripe.
Os dados indicam ainda que 2.018.832 foram vacinados em farmácias que fazem parte da campanha sazonal e 1.582.863 optaram por tomar as vacinas nas unidades do SNS.
A cobertura contra influenza para idosos com 85 anos ou mais, vacinados apenas no SUS, é de 80,65%, caindo para 62,60% no caso de reforço contra a Covid-19.