Durante a Assembleia Municipal da Covilhã, para a qual foi convidado, o responsável pela empresa concessionária de turismo da Serra da Estrela informou ter apresentado há um mês o Projecto de Mobilidade ao presidente municipal e desafiou as diversas entidades a ajudarem a alcançar o objectivo pretendido.

Segundo Artur Costa Pais, a ideia está “bem trabalhada”, mas acrescentou que não dará “passos mais ambiciosos”, porque a elaboração de um projecto de arquitectura desta natureza pode ultrapassar um milhão de euros e considerou que “deveria não ser liderado por uma única entidade.”

O projeto inclui dois acessos à Torre, a partir da Nave de Santo António, no concelho da Covilhã, e à Lagoa Comprida, em Seia, dois percursos aéreos que vão “resolver o problema de acessibilidade à Torre”.

Artur Costa Pais sublinhou que os interessados em investir são pessoas “com experiência comprovada” e “grande experiência”, que já possuem aquele que afirmou ser o maior teleférico da Península Ibérica, em Santander, Espanha, com uma extensão de cinco quilómetros .

“Temos soluções financeiras, o que é muito importante”, destacou o empresário, que sublinhou não se tratar de um projeto da Turistrela, mas sim de um projeto da Serra da Estrela, e de uma solução para “resolver o grande problema da Serra da Estrela”.

O administrador da Turistrela destacou que a maioria dos visitantes sai descontente porque não tem estacionamento nem acesso à Torre e acrescentou que “não há destino” se quem vai à montanha “não for bem tratado”.

O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, respondeu que houve empenho para que o projeto tenha sucesso, embora tenha reforçado que “é preciso diversificar, dar-lhe mais rigor a todos os níveis”.

Em resposta às críticas do empresário, que apontou o dedo ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), por não aprovar projetos, a diretora regional, Fátima Reis, respondeu que a organização não aprova ideias, sem projetos ou projectos preliminares, e acrescentou que foi formalmente demonstrado “acordo em termos conceptuais”, mas acrescentou que o projecto precisa “ser amadurecido” e mencionar, em particular, “onde estão as estruturas de apoio”.