A riqueza desta região aumentou 12% entre 2021 e 2022 para perto de 40 mil milhões de euros, representando 16,2% do PIB nacional, segundo um relatório do ECO.

Estes dados fazem parte do Boletim Económico anual que a autarquia criou no ano passado e que o vereador com o pelouro da Economia pretende que seja "uma base de análise para a tomada de decisões por parte de todos aqueles que se relacionam com a cidade do Porto: que aqui vivem, trabalham, investem e têm empresas e negócios".

Ricardo Valente considera que "a promoção de uma cultura de transparência e de acesso à informação económica é, por isso, crucial para o desenvolvimento sustentável e equitativo da cidade". Para o autarca, "a disponibilização de dados económicos claros e acessíveis reforça a accountability, ou seja, a responsabilização por parte dos responsáveis governamentais".

Neste boletim, o destaque vai para o crescimento de 8,1% do IDE na AMP em 2023, ano em que rondou os 1.020 milhões de euros, acima dos 944 milhões de euros registados em 2022 e mais do dobro do investimento estrangeiro registado em 2021 (651 milhões de euros). Estes projectos foram responsáveis pela criação do dobro dos postos de trabalho em 2023 (quase 6 mil) face aos mais de 3 mil em 2022.

Os dados relativos ao investimento das empresas na AMP referem-se a 2022 com 4.286 milhões de euros, tendo aumentado 10% num ano. Relativamente ao número de empresas, os dados são os mesmos do boletim de 2022. A cidade tinha 47.307 empresas em 2021, mais 2.247 do que em 2020.

A riqueza da AMP aumentou 12,3% entre 2021 e 2022 para 39.179 milhões de euros, o que representa 16,2% do PIB nacional.

Destaque ainda para o setor do turismo que, em 2023, registou um crescimento de 22,5% no número de hóspedes (2,8 milhões de pessoas). O número de estabelecimentos de alojamento também aumentou 13,9%, para 443, que totalizaram receitas de quase 435 milhões, um aumento de 31,1% face ao ano anterior.

O mercado imobiliário teve um desempenho menos favorável em 2023, com 5.718 casas vendidas (-18% do que em 2022). O valor total das casas vendidas atinge 1,8 mil milhões de euros, numa cidade que aumentou o número de habitantes em 6,1% na última década.