Em 2023, o mercado português de turismo residencial atravessou uma fase de ajustamento e estabilização após períodos de crescimento acentuado. Esse mercado, caracterizado por um aumento nos preços das habitações em resorts, indica um panorama positivo para investidores e compradores. O mercado de turismo residencial em Portugal passou por um aumento de 9,8% nos preços das habitações em resorts ao longo de 2023, após crescimentos de 20,6% em 2022 e 16% em 2021. Essa estabilização reflete a confiança e o interesse contínuo dos investidores. O segmento de alta gama nos resorts atingiu preços significativos, estabelecendo novos marcos no mercado imobiliário português. Apesar de desafios globais como a inflação e incertezas políticas, o setor demonstrou uma notável resiliência, atraindo investimento estrangeiro. A capacidade de Portugal em atrair uma variedade de investidores internacionais, incluindo um número crescente de compradores norte-americanos, destaca a atratividade do país para o turismo residencial.

As projeções para 2024 eram e continuam otimistas, com expectativas de um desenvolvimento contínuo e positivo. O interesse de investidores nacionais e internacionais permanece elevado, especialmente em regiões chave como o Algarve e o Alentejo. Essas áreas continuam a capturar a atenção devido à sua exclusividade e oferta de luxo. O mercado está a evidenciar um desenvolvimento alinhado com projeções otimistas, e a valorização contínua das propriedades nas áreas chave é antecipada. As regiões do Algarve, Litoral Alentejo, Lisboa e Porto são particularmente atrativas para novos projetos de turismo residencial, devido ao foco crescente na sustentabilidade e inovação. O mercado de turismo residencial em Portugal tem testemunhado um aumento substancial na construção de novas unidades, focadas em sustentabilidade e inovação. Os novos projetos não são meras residências, mas verdadeiros refúgios de luxo e instalações turísticas de elite, desenhadas para atender às expetativas de um público exigente e cosmopolita. Investidores e desenvolvedores estão cada vez mais atentos à qualidade e sustentabilidade das construções, procurando integrar as melhores práticas ambientais e de design. Esta tendência crescente de valorização do turismo residencial como um componente crítico para o desenvolvimento económico local e regional é notável.

Além dos tradicionais investidores europeus e brasileiros, há um crescimento significativo do interesse por parte de investidores norte-americanos, motivados pelas condições climáticas favoráveis e pela qualidade de vida que Portugal oferece. O crescimento do investimento norte-americano está a mudar o panorama do mercado de turismo residencial em Portugal. Todas as regiões de Portugal apresentam forte potencial para o desenvolvimento do turismo residencial. Zonas emergentes como o Norte de Portugal, especialmente a região do Douro, estão a ganhar reconhecimento não só pelo vinho e pela beleza natural, mas também como locais ideais para desenvolver residências turísticas de luxo. As regiões insulares da Madeira e dos Açores também oferecem um potencial único. A área da Grande Lisboa, incluindo a Costa de Caparica e Sintra, é altamente atrativa devido à combinação de acesso a serviços urbanos e atrações culturais com a tranquilidade das periferias. O Ribatejo, com suas tradições agrícolas e equestres, oferece um terreno fértil para o desenvolvimento de turismo residencial focado em experiências rurais.

Em resumo, Portugal está bem posicionado como um destino de primeira linha para o turismo residencial. A combinação de beleza natural, clima favorável, políticas de incentivo ao investimento, infraestrutura moderna e um compromisso com a sustentabilidade e a inovação cria um ambiente ideal para o crescimento contínuo deste setor. A expectativa é que o mercado de turismo residencial em Portugal continue a prosperar nos próximos anos, atraindo cada vez mais investidores e residentes de todo o mundo.

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Paulo Lopes is a multi-talent Portuguese citizen who made his Master of Economics in Switzerland and studied law at Lusófona in Lisbon - CEO of Casaiberia in Lisbon and Algarve.

Paulo Lopes