"Reconheço que estamos a piorar com os nossos resultados ou com as nossas estatísticas e que, portanto, é urgente agir. Não só em relação à promoção da saúde e à prevenção da obesidade, mas também ao tratamento, que não tem só uma componente medicamentosa, mas também uma componente cirúrgica", sublinhou.

Ana Paula Martins admitiu que é necessário "fazer muito mais" do que tem sido feito até agora.

"Acreditamos que a obesidade é efetivamente um programa prioritário e que uma grande parte, não toda, mas uma grande parte do que se pode fazer, para minimizar aquele que é um dos maiores factores de risco para as doenças crónicas, é de facto a prevenção", defendeu.

Os especialistas defendem a comparticipação de medicamentos específicos para o tratamento da obesidade e, para melhorar o acesso a consultas e tratamentos, apelam a uma adaptação dos modelos de incentivo e contratualização nos hospitais e centros de saúde.

"É preciso tomar medidas. Há todo um processo integrado de cuidados de obesidade que precisa de ser posto em prática", disse Paula Freitas, lembrando que é preciso aumentar o acesso.