O mesmo órgão de comunicação social refere que a isenção da cortiça está a ser negociada, uma vez que a UE quer proteger os sectores de importação dos EUA. Assim, a cortiça será um dos produtos prioritários a ser isento de tarifas, tal como os produtos farmacêuticos e até produtos de engenharia e agrícolas.
Os EUA são o terceiro maior mercado mundial para a cortiça portuguesa, pelo que a isenção das tarifas aliviaria a indústria portuguesa da cortiça, que exporta 1,4 mil milhões de euros por ano, sendo que 10% das exportações têm como destino os Estados Unidos da América.
A Comissão Europeia, citada pelo Expresso, refere ainda que os produtos que não são produzidos pelos EUA poderão ficar isentos de tarifas. Por exemplo, as vacinas estarão isentas de tarifas, mas o mesmo não acontecerá com o equipamento médico.
A mesma fonte indicou que as vacinas serão excluídas dos direitos aduaneiros, enquanto o equipamento médico poderá não o ser.
Para além do possível resultado favorável das negociações, grupos industriais como a APCOR (Associação Portuguesa da Cortiça) querem aguardar pelos detalhes finais antes de fazerem quaisquer declarações oficiais sobre a forma como a situação será resolvida dentro da empresa.
Para já, está confirmado que a lagosta estará isenta de tarifas, devido a um antigo acordo comercial entre a UE e os EUA, assinado em 2021.