A Federação Nacional de Professores (Fenprof) e a Associação Nacional Professores de Informática (Anpri) justificaram a greve, que pode durar até o final do ano letivo, com o fato de que “professores de TI, assim como outros, mas em menor número, estão sendo chamados a realizar tarefas que não fazem parte do escopo funcional da profissão docente”, como a manutenção de equipamentos tecnológicos e suporte técnico para digital testes.

À medida que os alunos começaram a realizar testes de avaliação em formato digital, a Fenprof e a Anpro enfatizaram que “os professores de TI, além de todas as atividades que são da responsabilidade do corpo docente, estão sendo chamados a realizar tarefas que deveriam ser atribuídas a pessoal técnico, dos quais as escolas não conseguem contratar”.

Os professores enfatizaram: “Existem centenas de computadores que quebram, dada a fragilidade da maioria dos equipamentos, em muitas escolas. Desde os simples parafusos que se soltam das telas dos computadores até inúmeros problemas que afetam o equipamento”.

“No momento em que o período de garantia do equipamento expirou. A imposição dessas tarefas técnicas piorou. Inadmissivelmente, nas escolas, essas tarefas estão sendo impostas aos professores, o que é ilegal porque elas não correspondem às funções de ensino”

, argumentam.

A Anpri acrescentou que desenvolveu muitas iniciativas para tentar resolver esse problema, que não tiveram sucesso até agora, com os mesmos resultados em relação aos esforços da Fenprof.

“Foi decidido avançar com um pré-aviso de greve para manutenção de equipamentos tecnológicos e suporte técnico para testes digitais, que foram atribuídos aos professores, obrigando-os a realizar tarefas fora de suas responsabilidades”, afirmaram no documento.

A greve começará em 8 de abril e poderá durar até o final do ano letivo, “se a próxima equipe do Ministério da Educação não resolver esse problema”, alertaram as organizações.