O governo açoriano anunciou que planeja começar a testar a semana de trabalho de quatro dias no setor público em 2025, pois afirma que essa medida aumentará a produtividade por meio de um senso de responsabilidade. Duarte Freitas, secretário de Finanças, Planeamento e Administração Pública, enfatizou, ao falar com jornalistas em Ponta Delgada, que as experiências piloto significam que a semana de trabalho de quatro dias “poderia ser mais ou menos estendida”

a todo o serviço público.

Conforme afirmado por Duarte Freitas, “Pretendemos ter um design até o final do ano para que, no próximo ano, possamos começar com projetos-piloto para implementar a semana de quatro dias, que não serão, pelo menos na fase inicial, generalizados para todo o serviço público”. Como ele afirmou, “um funcionário do setor público ou privado motivado e bem treinado, com treinamento contínuo, será mais produtivo”, levando em conta que é um senso de dever

.


A semana de trabalho de quatro dias já está sendo considerada pelas empresas nos Açores, de acordo com o secretário, que também observou que isso pode levar à “melhoria da produtividade” no setor privado. “A semana de quatro dias não significa que seja fixa. Existem empresários e serviços que podem ter uma semana de quatro dias e o quinto dia sendo teletrabalho. Há empresários que podem ter três dias de presença física e dois dias de teletrabalho”, revelou Duarte

Freitas.

No programa do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), aprovado em março pelo parlamento açoriano, o executivo açoriano indica que quer criar um “projeto piloto para a semana de quatro dias/teletrabalho (também extensível ao setor privado), sempre em comum acordo com o trabalhador e o empregador, para melhor conciliar a vida profissional com a vida pessoal e familiar”. Embora a Câmara de Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) reconheça que a semana de trabalho de quatro dias pode ser aplicável no setor público, reforça que aplicar as mesmas medidas no setor privado será

um desafio mais difícil.


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