Em entrevista ao Jornal de Notícias, Rui Rio, defendeu ser “evidente que a Procuradora-Geral da República deveria abandonar o cargo”.


"A senhora PGR não só não foi clara, como até assumiu que não se sente responsável por coisa nenhuma. Pior ainda, abriu um processo contra a procuradora Maria José Fernandes, que ousou corajosamente dar a sua opinião crítica sobre o funcionamento do Ministério Público (MP). Mais grave ainda, sabe-se que o MP manteve um membro do Governo sob escuta quatro anos”, detalhou o ex-presidente do PSD.


Segundo o ECO, para o político, tudo isto seria inaceitável num “verdadeiro” regime democrático, salientando que, perante o “famoso” parágrafo do comunicado da PGR que levou à demissão de António Costa, o primeiro-ministro “não podia fazer outra coisa”.


Por conseguinte, Rui Rio acredita que a origem da crise política deve-se, por isso, ao MP, “que faz o que quer e como quer e nem se digna dar uma explicação aos portugueses”. “O MP tem de manter a sua autonomia, mas, para vivermos verdadeiramente em democracia, não pode haver nenhum poder sem escrutínio democrático”, acrescentou.