Uma camélia japonesa dos jardins centenários da "Vila Margaridi", em Guimarães, Braga, venceu a sétima edição nacional do concurso Árvore do Ano e vai representar Portugal na competição internacional, cuja votação decorre em fevereiro.


De acordo com os organizadores do concurso, uma iniciativa da União da Floresta Mediterrânica (UNAC), a camélia obteve 3.900 votos, com o chamado "sobreiro rei", em Mafra, Lisboa, a ficar em segundo lugar, com 3.075 votos.


A UNAC destaca em comunicado que, pela segunda vez consecutiva, uma espécie exótica (um eucalipto no ano anterior) venceu o concurso Árvore do Ano.


A vencedora representa a história portuguesa e as relações comerciais entre Portugal e o Japão, diz a organização, lembrando que a introdução da espécie em Portugal ocorreu através dos marinheiros das naus dos descobrimentos que traziam e transportavam sementes de diferentes espécies entre os vários portos do mundo.


O exemplar vencedor, com um século de idade, foi considerado de interesse público devido ao seu desenho em forma de sino, medindo mais de seis metros de diâmetro e vários metros de altura.


No total, as 10 árvores a concurso receberam quase 25.000 votos. A votação em linha começou no dia 30 de novembro e terminou no dia 5.


O concurso Árvore Europeia do Ano realiza-se desde 2011. Na última edição, a Polónia ganhou o prémio pelo segundo ano consecutivo.


Portugal ficou em primeiro lugar com um sobreiro, em 2018. Na última edição ficou em quinto lugar, com um eucalipto.


A UNAC representa os interesses dos produtores florestais da região mediterrânica portuguesa junto das instituições nacionais e europeias.