A proposta do PS, aprovada na quinta-feira 2 de maio, visa acabar com as portagens na A4 — Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 — Pinhal Interior, A22 — Algarve, A23 — Beira Interior, A24 — Interior Norte, A25 — Beiras Litoral e Alta e A28 — Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

A proposta foi aprovada com votos a favor dos socialistas, Chega, BE, PCP, Livre e PAN.

A proposta aprovada em 2 de maio na generalidade — que segundo os socialistas tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros — entrará em vigor em 1 de janeiro de 2025, de acordo com o projeto de lei do PS.

Em comunicado, a CEVAL, que representa cerca de 5.000 empresas no distrito de Viana do Castelo que emprega mais de 19.000 trabalhadores, destaca que a decisão “cumpre um desejo antigo de transformar o Alto Minho em um lugar mais competitivo”.

“A justiça foi feita ao Alto Minho, pois sempre fomos contra a existência de um pórtico junto à zona industrial de Neiva, em Viana do Castelo. Sempre quisemos eliminar o pórtico para nunca empurrar o problema para o município vizinho de Esposende e, depois de tanta luta, finalmente houve uma aprovação que, uma vez concretizada, impulsionará o desenvolvimento reforçando a competitividade deste território”, argumenta o presidente da CEVAL, Luís Ceia, citado na

nota.

Segundo a CEVAL, “o Alto Minho perdeu sua capacidade competitiva com a introdução de pedágios nesta antiga SCUT (estradas sem custo para o usuário), em 2011, o que obrigou empresas e empreendedores a se reinventarem em busca de soluções para enfrentar as dificuldades”.

“Os constrangimentos causados pela existência do pórtico de Neiva sempre foram muitos, condicionando a mobilidade de quem precisa viajar na A28 todos os dias e, obrigando as empresas a incorrerem em maiores despesas de viagem, já que esta é uma rota essencial para Viana do Castelo, sem que haja outras rotas capazes de facilitar as viagens rodoviárias”.

A CEVAL espera que “a medida possa ser aplicada o mais rápido possível para que a justiça que esse território merece possa ser restaurada”.

Desde a implementação da cobrança de pedágio, a luta por sua eliminação mobilizou movimentos cívicos e partidos políticos e resultou, em 2021, na proposta do PSD, na aplicação de um desconto de 50% na taxa.

Em fevereiro de 2020, uma recomendação do BE ao Governo para abolir o pagamento de portagens na Rodovia 28 (A28), entre Viana do Castelo e Porto, foi rejeitada no parlamento, com o voto contra do PS.

PSD, CDS-PP e Initiative Liberam se abstiveram, enquanto BE, PCP, PAN, PEV e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira votaram a favor.

A eliminação ou realocação do pórtico de Neiva na A28 foi outra batalha entre empresários, autoridades locais e partidos políticos, e recebeu a forma de recomendação ao Governo, também em 2021, após a aprovação de um projeto de resolução do PSD.

Anteriormente, em 2017, a petição “Pela eliminação do pórtico de Neiva, pórtico 4 da A28, entre Neiva e Darque”, promovida pela Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), não conseguiu atingir seu objetivo.

Localizado junto à zona industrial de Neiva, em Viana do Castelo, aquele pórtico tem sido considerado um obstáculo à atividade empresarial no distrito.

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