Em 2021, a OMD contava com 12.235 médicos dentistas a exercer a profissão em Portugal, em 2010 contabilizavam-se 6.905, ou seja, um aumento de 5.330 profissionais. O estudo refere que o número elevado de profissionais agudiza o rácio de dentistas por habitante, existindo um dentista para 846 pessoas.

O bastonário da OMD, Miguel Pavão, refere que se está a estabelecer “uma situação dramática” em Portugal, pelo excesso de médicos dentistas que leva à saturação do mercado. Miguel Pavão acrescenta que o número elevado de dentistas não implica “melhor acesso ou melhores condições de saúde oral”. Para o bastonário, o aumento de profissionais de saúde na área dentária só aumentará a emigração, assim como causa uma desvalorização dos médicos.

Analisando a sua distribuição pelo país, afirmou que existem “muitas incongruências e muitas disparidades naquilo que é o retrato nacional”.

Miguel Pavão lamentou que se estejam a formar pessoas para o desemprego e disse que a OMD tem vindo alertar que o número de faculdades de Medicina Dentária (sete) tem de ser “racionado à realidade portuguesa”. Num ano em que mais uma instituição universitária demonstrou interesse em abrir a oitava licenciatura no país em Medicina Dentária.

Em 2021, 3.840 estudantes frequentavam o mestrado integrado em medicina dentária, mais 69 que em 2020 e mais 436 do que há cinco anos.