Esta região em território Luso tem também como os outros uma longa tradição na produção de vinhos, remontando a séculos passados.

Sim, a região do Vinho da Península de Setúbal é diferente das outras regiões me Portugal porque o solo por exemplo é marcado pela influência marítima do Oceano Atlântico e pelo estuário do rio Sado. O clima aqui é mediterrâneo, com verões quentes e secos, mas com uma suave brisa marítima que ameniza as temperaturas. Os solos variam desde solos argilosos até solos arenosos e calcários, o que proporciona uma diversidade de condições de cultivo para as vinhas.

Acredita-se que a produção de vinho na Península de Setúbal tenha sido introduzida pelos fenícios, por volta do século VIII a.C., quando estabeleceram colônias ao longo da costa portuguesa. No entanto, foi durante a ocupação romana, como também em outras regiões lusas que a viticultura aqui ganhou maior importância e desenvolvimento.

Foi então no século XV com a ajuda dos monges a região começou a ganhar destaque na produção de vinhos fortificados, especialmente os vinhos Moscatel de Setúbal. Esses vinhos doces e aromáticos foram apreciados não apenas em Portugal, mas também em mercados internacionais, como Inglaterra e Brasil. Durante o século XIX, a região da Península de Setúbal passou por um período de expansão vitivinícola, com um aumento significativo na produção e no comércio de vinhos.

A região é muito conhecida pela casta local “O Moscatel de Setúbal” que produz vinhos aromáticos, doces e fortificados. Os vinhos Moscatel de Setúbal são reconhecidos a nível internacional e apresentam uma intensidade aromática única, com uma nota de fruta madura e um sabor doce e complexo.

Mas além dos vinhos Moscatel de Setúbal, a região também é procurada pela produção dos seus outros vinhos fortificados, como os vinhos envelhecidos em barricas de carvalho, resultando em vinhos de corpo complexo com aromas de frutas secas, especiarias e caramelo. São a sua riqueza na variedade de uvas autóctones que e típicas da região, como a casta Fernão Pires, Arinto, Castelão, Trincadeira e Moscatel Roxo que fazem esta região tão rica na produção de vinhos muito diferenciados de outras regiões de Portugal. E são essas variedades de uvas que contribuem para a singularidade dos vinhos produzidos na região da Península de Setúbal. Aqui produzem-se uma generosa e ampla variedade de estilos de vinho, além dos vinhos doces e fortificados. São também os vinhos brancos da região que são conhecidos pela sua frescura e elegância, e os vinhos tintos são conhecidos pelo seu sabor intenso de fruta madura e especiarias.

A região continua a evoluir e a destacar-se no cenário vitivinícola em Portugal, não se esquecendo e preservando as suas tradições e história ao mesmo tempo que se adapta às tendências e a procura do mercado atual. Os vinhos daqui são apreciados pela sua qualidade e autenticidade, refletindo a rica herança vitivinícola da Península de Setúbal. Em resumo, embora a Península de Setúbal e a região de Lisboa compartilhem uma proximidade geográfica, elas são regiões vitivinícolas distintas, com características de solo, variedades de uvas e estilos de vinho únicos. Cada região tem seu próprio legado e contribuição para a rica tradição vinícola de Portugal.


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Paulo Lopes is a multi-talent Portuguese citizen who made his Master of Economics in Switzerland and studied law at Lusófona in Lisbon - CEO of Casaiberia in Lisbon and Algarve.

Paulo Lopes