“Até o momento, tivemos 51 reclamações”, a maioria delas relacionadas à “falta de acesso a informações ou serviços” da AIMA, mas também há alegações de “discriminação racial ou étnica e violência psicológica, falta de acesso a recursos nos serviços”, disse Raul Manarte, do coletivo Humans Before Borders (HuBB), que faz parte do projeto.

As reclamações no balcaodenuncia.pt vieram de vários locais, a maioria de Lisboa e Porto, mas também de Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, Aveiro, Braga, Coimbra, Faro e Leiria.

Quanto às nacionalidades, o portal registrou relatos de imigrantes do Brasil, Cabo Verde, Índia, Irã, Rússia, São Tomé e Príncipe, Ucrânia ou Bangladesh.

No dia em que foi inaugurado, em 20 de maio, os promotores do portal se reuniram com a AIMA, a pedido da instituição.

“Eles pediram que compartilhássemos as reclamações diretamente”, a fim de tentar resolvê-las, explicou Raul Manarte.

O objetivo do portal é publicar dados estatísticos sobre reclamações, mas também se comunicar com instituições caso as pessoas se identifiquem no sistema.

“A grande maioria das nossas reclamações tem nomes e detalhes de contato, elas não são anônimas”, destacou Raul Manarte.

O objetivo do projeto, que também inclui grupos de migrantes e refugiados e estudantes da Escola Superior de Educação do Porto, é “aumentar a visibilidade social” dos problemas entre a população e os meios de comunicação social.

Cada “refugiado pode deixar sua reclamação, um relatório do que aconteceu” e o “objetivo principal é compilar essas informações e processá-las de forma assertiva para que possam ser acessíveis” a qualquer pessoa interessada.

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