"Após quatro anos de operação bem-sucedida, o projeto WindFloat Atlantic não só excedeu os números esperados, como também fomentou uma forte aliança na região", afirmou em comunicado a Ocean Winds (OW), uma empresa internacional dedicada à energia eólica offshore criada em 2020 como uma joint venture 50-50 entre a EDP Renováveis e a empresa francesa Engie.
De acordo com o relatório, desde julho de 2020, as três turbinas do projeto fornecem energia à rede eléctrica nacional portuguesa, "demonstrando o potencial da tecnologia eólica flutuante", com a produção de eletricidade do projeto a aumentar constantemente, atingindo 78 GWh em 2022 e 80 GWh em 2023.
"Em julho de 2024, registou uma produção total acumulada de 320 GWh, fornecendo anualmente energia a mais de 25.000 habitações em Viana do Castelo, evitando mais de 33.000 toneladas de emissões de CO2 [dióxido de carbono] e promovendo 1.500 postos de trabalho diretos e indirectos entre as fases de desenvolvimento, construção e exploração", detalha a OW.
Num balanço dos quatro anos de operação do projeto, os promotores recordam os "desafios sem precedentes" enfrentados, incluindo a tempestade Ciarán, em 2023, durante a qual "o sistema resistiu a ondas que atingiram 20 metros de altura e rajadas de vento de até 139 quilómetros por hora, demonstrando a sua resiliência e robustez".
Afirmando estar "profundamente empenhada em monitorizar e melhorar o desempenho ambiental do parque eólico WindFloat Atlantic ao longo do seu ciclo de vida", a Ocean Winds afirma que, até agora, "demonstrou um impacto mínimo no fundo do mar e na biodiversidade", com "mais de 270 espécies a coexistirem com sucesso com o projeto, sem efeitos adversos significativos nos mamíferos marinhos ou nas espécies de aves ameaçadas".
Citado no comunicado de imprensa, o diretor da OW para a Europa do Sul e diretor do projeto WindFloat Atlantic, José Pinheiro, afirmou o compromisso da empresa em assegurar que o projeto "beneficia não só o ambiente mas também a comunidade", em particular através do desenvolvimento de programas educativos, coordenação de visitas e envolvimento com a comunidade local em Viana do Castelo.
Quando a EDPR e a Engie combinaram os seus activos eólicos offshore e projectos em pipeline para criar a OW em 2019, a empresa tinha um total de 1,5 GW em construção e 4,0 GW em desenvolvimento.
Desde então, a OW tem vindo a reforçar este portefólio, com o objetivo de atingir cinco a sete GW de projetos em operação ou construção e cinco a 10 GW em "desenvolvimento avançado" até 2025.
Atualmente, a capacidade eólica offshore bruta da OW já em funcionamento, em construção ou com direitos de desenvolvimento avançado concedidos ultrapassa os 18 GW.