De acordo com uma ação judicial que foi encaminhada do Tribunal Judicial da Comarca do Porto para o Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto, o pedido é de indemnização de 1,7 milhão de euros, dos quais 1,38 milhões de euros dizem respeito a danos materiais e 343 mil euros por lucros cessantes.

A empresa Movida de Temperos, que opera o Hard Rock Café, alega que a construção da Linha Rosa (São Bento — Casa da Música) do Metro do Porto “teve um impacto profundamente negativo no negócio”.

A questão em questão são as restrições ao tráfego rodoviário e de pedestres ao redor do estabelecimento comercial, localizado na Rua do Almada, durante as obras. Além disso, a empresa afirma que os canteiros de obras, contêineres e guindastes, que já foram removidos, “impossibilitam a visualização do estabelecimento comercial”.

A empresa afirma que o seu volume de negócios “desde o início das obras realizadas pelo Réu [Metro do Porto, em setembro de 2021] até a presente data, caiu significativamente, o que resultou na perda de lucros”.

A empresa também solicitou declarações do presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, e listou como testemunhas o prefeito do Porto, Rui Moreira, e a vereadora responsável pelo Turismo e Internacionalização do município, Catarina Santos Cunha.

Na resposta da Metro do Porto, a empresa de transporte afirma que todos os comerciantes afetados pelas obras “se beneficiarão muito com a conclusão da obra, com o aumento do valor de suas propriedades e negócios”.

“Estaríamos em uma situação ruim se os inevitáveis constrangimentos que um projeto desta importância e tamanho temporariamente causa à vida de todos aqueles que vivem, trabalham e viajam na cidade implicassem a assunção da obrigação de compensar todos os comerciantes e residentes da cidade afetados”, afirma a defesa do Metro do Porto.

A audiência preliminar do caso está marcada para 25 de outubro, às 15h.

Com um custo total de 304,7 milhões de euros, a Linha Rosa se conectará às atuais estações de metrô Casa da Música e São Bento e terá estações intermediárias no Hospital de Santo António e na Praça da Galiza.

As obras estão programadas para serem concluídas em julho de 2025.