Os preços de venda de casas no Algarve aumentaram 13,8% em 2024, de acordo com a taxa de variação homóloga do Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário para o 4º trimestre do ano.

A região registou assim um crescimento de preços superior à média do país, que foi de 11,0% no mesmo período, bem como de 5,5% para Lisboa e 7,8% Porto.

O interesse no Algarve acelerou face a 2023, quando atingiu os 9,2%, com a região a contrariar tanto a tendência nacional como a de Lisboa e Porto, onde o ritmo de subida em 2024 foi menor. Em 2023, os preços da habitação aumentaram 11,8% a nível nacional, 6,3% em Lisboa e 10,7% no Porto, taxas superiores às registadas pelos respectivos mercados em 2024.

O comportamento dos preços no agregado Algarve reflecte o desempenho da generalidade dos mercados da região, onde 13 dos 16 municípios registaram uma aceleração dos juros.

Os mercados mais caros, como Loulé, Tavira e Lagos, atingiram aumentos de 12,6%, 12,8% e 18,6% em 2024, respetivamente, assim como Faro, com 11,5%.

Vila Real de Santo António registou o maior aumento de preços no Algarve em 2024, com um crescimento de 26,0%.

Apesar desta tendência predominante, em três concelhos do Algarve, os aumentos de preços perderam tração face a 2023 e, entre estes, incluem-se dois dos mais importantes mercados residenciais da região, nomeadamente Albufeira e Portimão. Em Albufeira, os preços abrandaram, entrando mesmo em terreno negativo, com uma variação de -0,6% em 2024, enquanto em Portimão, a desaceleração resultou num aumento de apenas 4,7%. O outro mercado com um abrandamento da valorização foi Silves, onde os preços ainda aumentaram 10,8% em 2024.

De acordo com o SIR - Sistema de Informação Residencial, os preços médios de venda de habitação no Algarve atingiram 2.966€/m2 em 2024. Loulé consolidou-se como o mercado mais caro, com vendas a 4.138€/m2 em 2024, quando todos os outros transaccionaram abaixo dos 3.500€/m2. Lagos fixou os preços em 3.460€/m2, Albufeira em 2.909€/m2, Faro em 2.685€/m2 e Portimão em 2.630€/m2.

Apesar do comportamento dos preços, a região manteve as vendas em linha com 2023, estimando-se 11.100 transacções em 2024. Este volume reflete uma variação anual de -2,5%, contrariando a tendência nacional, em Lisboa e Porto, onde as vendas aumentaram face a 2023.