Em comunicado enviado à Lusa, o grupo complementar de empresas (ACE) que gere o sistema Andante, usado no Metro do Porto, Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), CP — Comboios de Portugal e operadores rodoviários privados, afirma que as 185 milhões de validações intermodais representam “um aumento de 12,2% em relação a 2022, com 164,9 milhões de validações” “O recorde

anterior que ocorreu em 2019, no período pré-pandêmico, foi superado quando 175,5 milhões de validações foram alcançadas”, afirma o grupo administrado por Manuel

Paulo Teixeira.

De acordo com o TIP (detido em partes iguais - 33,3% - pelo Metro do Porto, STCP e CP), “o aumento da procura foi mais significativo nos passes, com alta de 15,9%, embora as viagens ocasionais também tenham aumentado 6,4% a mais, em comparação com 2022”.

A receita com a venda e carregamento dos cartões Andante “atingiu a marca de 118 milhões de euros, 14,8% a mais do que em 2022”.

“Apesar do aumento dos custos operacionais decorrentes da inflação, bem como do aumento do investimento na modernização do Sistema Intermodal Andante e da sua Rede de Vendas, do lucro líquido positivo de 1,4 milhões de euros e do EBITDA [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] com um valor de 2,4 milhões de euros”, afirma ainda.

De acordo com os cálculos do TIP, os números de 2023 significam que os clientes com um passe Andante “pagaram, em média, 0,54 euros por cada validação e realizaram, em média, 50,09 validações por mês”, e os usuários de bilhete ocasional “pagaram, em média, 1,26 euros por cada validação e realizaram, em média, 1,27 validações”.

Em 2023, além do uso do Andante na AMP, houve também a “extensão do zoneamento de Andante com a integração das Zonas Inter-Regionais (IR)”, a “criação de novos títulos de transporte de IR (IR 3Z, IR Municipal e IR Metropolitano)” e a “entrada em serviço do novo operador UNIR”, a partir de dezembro de 2023.

O sistema Andante também está envolvido no protocolo 1bilhete.pt, um “projeto nacional que consiste na criação de uma plataforma tecnológica de bilhetagem intermodal que permita a interoperabilidade entre os sistemas existentes, bem como a introdução de novos sistemas de bilhetagem”, que envolve também o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e os Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML).

A futura empresa Transportes Metropolitanos do Porto, cuja criação já foi validada pelo Tribunal de Contas (TdC), deverá integrar os pontos fortes do TIP e as competências da AMP em termos de mobilidade e transporte.