Em comunicado, o presidente do Eixo Atlântico, que também é prefeito de Viana do Castelo, disse que a “petição”, enviada aos ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros portugueses e ao ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros e Transportes, foi “recebida positivamente”.

A nova ponte sobre o rio Minho que servirá a Linha do Minho será construída a leste de Valença e Tui, mas a localização exata ainda não foi determinada, diz o Eixo Atlântico, acrescentando que, “da mesma forma, os procedimentos administrativos finais e os estudos finais de engenharia e informação dos trechos em ambos os lados, entre Porriño e Frontera, no lado galego, e entre Ponte de Lima e Frontera, no lado português, são ainda a ser concluído”.

Luís Nobre lembra que há uma década “o Eixo Atlântico propôs a construção de uma nova linha de alta velocidade entre Ferrol (Galiza) e Lisboa, que teria, por sua vez, uma estação no aeroporto Francisco Sá Carneiro”.

“Esta petição foi feita pela primeira vez em 2016, numa reunião entre municípios e empresários no Europarque em Santa Maria da Feira. Posteriormente, na Assembleia Geral do Eixo Atlântico realizada na Maia em 2018, a proposta de que a nova linha tivesse uma estação no aeroporto Francisco Sá Carneiro foi transmitida ao Governo de António Costa, através do Ministro do Ambiente, Matos Fernandes”, acrescenta a nota.

De acordo com o Eixo Atlântico, “esta linha seria uma alternativa à linha do Minho que, após sua modernização e eletrificação, uma iniciativa liderada pelo Eixo Atlântico, continuou a ter a desvantagem de que os tempos de viagem só poderiam ser melhorados de forma limitada devido aos gargalos entre Valença e Porto, muitos dos quais estavam fora do alcance das soluções. Ao mesmo tempo, várias reuniões foram realizadas com funcionários do governo espanhol até que a saída sul de Vigo fosse desbloqueada”.

“Isso, que é história, está documentado nas atas do Eixo Atlântico e nos arquivos dos jornais da mídia, e é importante saber disso em um momento em que o processo de construção foi desbloqueado e está progredindo conforme planejado, tanto no lado português quanto no espanhol. Um mérito exclusivo dos municípios (especialmente aqueles do Eixo Atlântico), da sociedade civil e das organizações que promovem e defendem a ferrovia”, afirma

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